Video Of Day

Uma equipe, um só sentimento, várias glórias.





Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo, Amém.

Assim Jesus nos ensinou a mais bela e forte oração, quando esteve entre nós.

Com o perdão do trocadilho, meus irmãos de sangue, ele ressucitou. Ele está entre nós.


Jesus Dátolo.

Argentino, guerreiro, talentoso, e principalmente, colorado. Eis o nome do jogo.

Diante de um estádio em obras, com uma temperatura baixa e sob os olhos do mundo, Internacional e Grêmio entraram em campo para mais uma decisão de campeonato.Mas isto é uma história para depois...

Coube aos azuis tomar as primeiras atitudes em campo, adiantando a marcação e tentando pressionar nosso time. Mas isso foi apenas no início da partida...

Porque a partir de uns 10 minutos de jogo, o Inter se impôs frente ao ser maior inimigo (e freguês) e colocou ordem na partida. Mesmo estando desfalcado de nossos mais talentosos jogadores, os guerreiros mandados a campo por Dorival reviveram dias de lutas, recolocaram nosso time no lugar em que ele merece e, naturalmente, venceram o jogo.

É possível mencionar o fato de que eles também estavam desfalcados. Mas o único desfalque adversário que poderia nos amedrontar era o do centroavante Kleber, que diga-se de passagem, é um baita jogador (uma pena ter escolhido o time errado em Porto Alegre).

Contra fatos não existem argumentos. Tivemos mais posse de bola, conclusões a gol, tínhamos mais opções de desequilíbrio em campo e tínhamos no banco de reservas um treinador sensato. Pacato mas sensato. Do outro lado, um birrento que já esteve à frente de seu tempo nos longínquos anos 90. Ele extrapolou as regras da federação não adiantando a equipe que jogaria com 45 minutos de antecedência, entrou com TODOS os jogadores concentrados juntos em campo e para ‘aparecer’ ainda mais, resolveu criar pânico contra o nosso mais novo camisa 12, o gandula...

Isso foi um absurdo e com esse tipo de situação ele já está acostumado a afrontar no cenário futebolístico brasileiro. Cada qual com o líder que verdadeiramente merece.

Mas e que tal falarmos um pouco sobre os heróis da partida e, consequentemente, do título da Taça Farroupilha?

Vamos a eles?

Muriel: Impecável mais uma vez. Quando um goleiro não é exigido numa partida por longos momentos e do nada precisa aparecer para fechar o gol, e o faz, é porque é realmente diferenciado. Este é Muriel. Não quero mais ninguém falando em goleiro no Inter, ok? Nota 8;

Jackson: Entrou numa gelada. Mesmo sendo o objetivo de qualquer atleta ,o de se ter uma chance como titular, ele não jogava há tempos e poderia ter sua carreira amaldiçoada se não tivesse feito uma excelente partida. Méritos do dorival. Anulou toda e qualquer jogada tricolor por seu lado de campo. Esta foi sua atribuição. Esta foi sua colaboração. Nota 7;

Índio: Sem comentários. Merece uma estátua quando parar de jogar. Mas isso vai acontecer um dia? Impecável e “macho” na pequena área. Nota 7;

Moledo: Um pouquinho abaixo do Índio, tendo vacilado uma única vez. Mas também foi bem. Nota 6;

Fabrício: Estamos diante de um atleta singular. Eterno reserva de Kléber? Sempre, quando de sua entrada, o time ganha regularidade, força na marcação e empenho em suas eventuais investidas. Se tivesse um pouco mais de qualidade nos cruzamentos e dariam férias coletivas ao nosso titular. Um dos melhores da partida. Decisivo ao marcar o gol do título, subindo como um centroavante na caça à bola, e daí ao fundo das redes. Nota: 8;

Sandro “Balotelli “ Silva: Não me canso de elogiar este jogador. Para mim, na volância, um cara completo. Marcador nato (um carrapato), qualidade na saída de bola e no passe. Cara feia para os adversários (olha o Caçapava aí, gente). Um partidão, novamente. Não sai mais do time e já o julgo como um dos melhores do país na posição. Onde esteve escondido em todos esses meses no gigante? Nota 8;

Guiñazu: Chequei a ponderar sua escalação através deste blog, em algumas postagens anteriores, quando o mesmo andava machucado. Mas adorei a chinelada que ele me deu. Sempre foi um dos meus maiores ídolos da nossa centenária história e pensava que o peso da idade estava pegando-o de jeito. Reconsidero tudo o que falei. Com ele em campo, temos espírito, temos bravura, temos mais respeito (que o digam os adversários e até os árbitros dos jogos). Um leão que não se cansa em dar a alma em apoio aos colegas, ao Inter. Parabéns, Cholo. Mais uma grande partida. Nota 8:

Tinga: Alguns secadores já me dizem há tempos que estamos tratando de um ex-atleta. Que continuem a pensar assim. Seu dinamismo e empenho em campo, aliados à sua visão de jogo, sempre haverão de nos proporcionar situações extremamente satisfatórias. Se o Cholo foi um leão, lhe dou a estirpe de urso, devido à sua coragem no meio campo colorado. Ou seria um imortal? Magnífico. Nota 8;

Damião: Um centroavante incomoda muita gente, o Damião incomoda, incomoda, incomoda muito mais... Eu só queria um companheiro de ataque para ajudá-lo a brigar lá na frente. Sua juventude e força ainda são essenciais ao time. Uma pena não ter marcado o seu. Fez o possível, ajudando nas duas grandes áreas. Uma assombração aos defensores tricolores, sempre. Nota: 7;

Jajá: Se não fosse sua lentidão, e o definiria como um novo Rivaldo. Mas em campo, fez valer sua refinada técnica. Um pouco dispersivo, digamos confiante demais, pois erra muitos passes ‘bobos’. Mas quando está em posição de tiro, sai da frente, que o diga o goleiro tricolor... Teve importância destacada no confronto, mais uma vez. Nota 7;

Bolatti: Jogou muito pouco tempo e fez o que era para ser feito. Nota: 6;

Faltou alguém?

Ah!! Aqui que eu queria chegar...

Jesus Dátolo: Como falar em casa que este argentino ainda não tem sua titularidade confirmada pelo treinador? Simples: Ele está numa equipe que conta com um maestro chamado D’Alessandro e com um pequeno gênio chamado Oscar. Mas sempre (SEMPRE) que entrou em campo, jogou de modo decisivo. Seja na Libertadores ou no Gauchão. Decisivo, predestinado, fez mais um gol no Vítor. Todos os avanços colorados na partida de ontem saíram de seus pés. Suas participações são sempre definidas e impostas pela sua qualificada canhota. Seu espírito de luta já comove até os mais tórridos defensores de nossa bandeira nacional.

Tá aí um jogador diferenciado. Por essas e outras alguns dizem que uma equipe precisava jogar com 12 em campo. Que belo jogador, que potencial num corpo franzino, que descoberta da direção. Vive a melhor fase de sua vida. Fantástico!! Nota 9;


Dorival Júnior: E agora só contentarei uma parte dos leitores. Dentro do que era esperado pela nação, ele fez tudo o que poderia ser feito. Perfeito em todos os aspectos, na sua postura à beira de campo, nos recados durante o fervor do jogo e nas substituições. Ganha mais um pouco de vida e paz perante seus críticos (e aqui eu também faço parte, fato este já comentado). Nota 8;

Para finalisar:

Digam-me, caros irmãos colorados.

O que os nossos tradicionais rivais farão a partir de agora?

Eles são realmente muito competentes, estão sempre competindo. Até nos ganham, ás vezes.

Mas quando realmente vale algo, a gente sempre bate neles...

Secar, secar e secar? Mas não se cansam disso?

Eu já não aguento mais esta história de IMORTALIDADE. Me sinto numa condição de nem mais ponderar esta questão, sinto até uma certa solidão, soberba e bravura neste sentimento alheio. Mas querem enganar a quem? Será que eles mesmos, nos seus íntimos, ainda sobrepõem esta palavra?

Que continuem sendo imortais e vendo nós, os meros mortais, levantando títulos, ano após ano.

Nos vemos no Brasileirão...

Sem soberbas, ainda falta o Caxias...

Um grande abraço de alegria e coloradismo deste que vos fala.

SEMPRE INTER!!

Julian Colorado

Uma equipe, um só sentimento, várias glórias. Uma equipe, um só sentimento, várias glórias. Reviewed by Redação on 09:23 Rating: 5

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