Banco volta a negar empréstimo, e Inter faz reunião de urgência por obras
A diretoria do Banrisul mais uma vez se negou a ser o avalista do financiamento que a Andrade Gutierrez tenta junto ao BNDES para reiniciar as obras de reforma do estádio Beira-Rio. Segundo o presidente da instituição, Túlio Zamim, a proposta entregue na reunião que ocorreu no início da tarde praticamente é a mesma que vem sendo indeferida desde dezembro de 2011.
De acordo com o presidente do Banrisul, o encontro realizado na sede do banco, em Porto Alegre, resultou em poucos avanços no impasse que trava a realização da reforma do Beira-Rio:
- "Concluímos que a proposta continua absolutamente insuficiente, do ponto de visto das garantias, que é aquilo que vínhamos informando a sociedade gaúcha. Reafirmamos a disposição de continuar trabalhando na construção de uma solução e deixamos muito claro para a empresa das nossas condições, das nossas responsabilidades, do nosso compromisso", afirmou o mandatário do Banrisul.
De acordo com Zamin, uma das opções para destravar o nó que se tornou a parceria entre Inter e Andrade Gutierrez é montar um consórcio de bancos que ajudariam a financiar a obra. Segundo ele, o projeto é muito grande para ser bancado exclusivamente pelo Banrisul.
- Em uma obra dessa magnitude, o ideal é ter o aporte de vários bancos. Quatro ou cinco. O Banrisul é uma parte muito pequena dessa transação. Não somos o banco exclusivo, nem o banqueiro principal - explicou.
Depois da nota oficial divulgada pela Andrade Gutierrez, que atribuía ao Banrisul a demora na assinatura do contrato com o Inter, o banco se defendeu. Segundo o presidente, a instituição gaúcha não tem responsabilidade por um eventual fracasso nas negociações.
- Pedimos as garantias que admitimos dentro da nossa política, que é supervisionada pelo Banco Central. Não podemos correr riscos por causa de uma obra privada.
Zamin também explicou os motivos que mantiveram a situação sem avanços depois da reunião da tarde desta terça-feira. Segundo ele, um das razões do impasse é o fato de a construtora atrelar as garantias ao resultado obtido depois do negócio finalizado.
- Nós estamos pedindo garantias de 100% do processo, e eles oferecem apenas 20%. A proposta do empreendedor está muito aquém do que qualquer banco pediria. Na formulação, o banco assumiria parte dos resultados, mas a garantia tem de ser totalmente independente dos lucros do negócio.
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Reviewed by Redação
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