A vida e o Futebol

O futebol imita a vida e assim pode nos proporcionar inúmeras surpresas, decepções, alegrias, tristezas, momentos bons e maus se alternam e possibilitam que façamos novas amizades, tenhamos novos aprendizados e nos permite ainda encontrar velhos conhecidos e antigos amigos.
Como Albert Einstein falou uma vez, mais importante que o conhecimento é a imaginação e nos meus devaneios fico imaginando quão maravilhoso seria se toda nossa vida pudesse ser como o transcorrer de uma importante partida de futebol.
Entraríamos em campo extremamente motivados e sendo ovacionados pelos expectadores, após o apito inicial daríamos nosso melhor para tentar driblar as angústias, tristezas e desilusões, mataríamos no peito a inveja e a discórdia, pediríamos cartão amarelo para nossos medos e forçaríamos o cartão vermelho para a maldade, inveja, mentiras e falsidades, marcaríamos com firmeza e chutaríamos para a lateral as pessoas invejosas e sem personalidade, daríamos um bico e jogaríamos para escanteio as más amizades e os sem moral e durante todo tempo regulamentar pregaríamos o amor e o perdão, observando uma relação de fair-play com amigos, companheiros e adversários, procurando se possível não cometer nenhuma falta grave.
Na superação buscaríamos força e coragem para continuar atacando, sempre em rumo a nossos objetivos e procuraríamos ter sabedoria para reconhecer nossas limitações e quando fosse necessário ter humildade para jogar na defesa com calma e tranqüilidade.
Pediríamos a Deus que nos concedesse categoria e competência para fazer muitos gols que nos possibilitasse estar sempre disputando as primeiras colocações, pois gols são essenciais não apenas em partidas de futebol, também são fundamentais para quem quer vencer e se destacar na vida.
Treinaríamos com dedicação e afinco visando estar bem preparados espiritual e fisicamente para as dificuldades do dia a dia e pediríamos muita proteção divina para não sermos sofrermos lesões sérias. Rogaríamos para ter sempre na nossa equipe o craque da competição, pois geralmente estes são atletas diferenciados e que e embora estejam cientes que sua arte lhe permitirá ser um verdadeiro campeão na vida, também costumam ter imensa preocupação com os companheiros dentro e fora dos gramados e sabem que os objetivos maiores de uma equipe dependem de um esforço coletivo.
O certo é que tanto no futebol quanto na vida quando todos os integrantes de um time se respeitam e se vêem buscando um mesmo objetivo, o grupo se torna uma equipe e o sucesso com certeza fica muito mais fácil de ser alcançado, pois mesmo nos gramados onde se tende a valorizar o craque que desponta, se sabe que houveram condições favoráveis para que ele aparecesse, desde uma infra estrutura adequada até colegas com quem ele conviveu, tocou a bola e cresceu, bem como adversários que lhe desafiaram as convicções.
Sabemos que a vida a cada dia fica mais complicada e tumultuada, as exigências se tornam cada vez maiores e parece que falta tempo para tudo e assim como no futebol tudo se torna mais competitivo e mais rápido, mas mesmo nestes tempos tão difíceis  não podemos esquecer que o mais importante é viver com honestidade, intensidade e simplicidade, pois dentro ou fora das quatro linhas do campo não é possível viver segregado e necessitamos estabelecer alianças, contatos e táticas com ética e respeito, pois só com ética e com cooperação coletiva é possível vencer.
Que Deus permita que nesta longa jornada da vida possamos fazer lindas jogadas de paz, amor e fraternidade e que sempre possamos comemorar com os amigos verdadeiros e leais que com certeza, estarão nas arquibancadas nos apoiando em todos os momentos e que por fim ao findar o tempo regulamentar, possamos nos tornar vitoriosos de maneira leal, sem contestação, sem nenhuma mácula e que ao soar o apito final o jogo acabe de forma simples e tranqüila, sem  necessidade de prorrogação, sem sofrimentos, brigas, mágoas, stress ou confusões, nos permitindo levar no coração e na memória a sensação de dever cumprido e a emoção do último aplauso de uma multidão reconhecida.

Por: Carlos Minossi – Blog Rádio Colorado