Minha pátria se chama Sport Club Internacional

Colorados!

Nosso garoto também se fez ouvir.

A aqueles que queriam ouvir de sua boca sobre a sua preferência, restou a humilhação de um sonoro: “- O Inter é o meu lugar!!!”

Acho que já não temos mais o que provar. Nossos diretores tentaram uma solução diplomática para o caso do Oscar, um acerto em cima de números e não foram ouvidos, ou melhor, foram menosprezados por uma turma de usurpadores e exploradores do cenário futebolístico nacional.

O grande e temido São Paulo Futebol Clube se faz pequeno diante de fatos mesquinhos de seus comandantes. Um clube que já a alguns anos estava passando por cima (e em cima) de equipes de menor tradição e lideranças junto à CBF está provando de seu próprio veneno. E não está tendo a humildade de aceitar os fatos...

Oscar não quer o São Paulo.

O menino é nosso e em último caso a justiça prevalecerá sob as agruras de uma administração baseada em aproveitamento. Nota-se que a direção paulista o queria de volta. Mas não para formar o seu milionário elenco, mas sim para tirar mais um ‘leitinho’ do atleta. Já estava mirando uma transferência do mesmo para a Europa.

Mas as coisas já não são mais assim. Esses aliciadores de garotos já não estão com a corda toda. O maior exemplo se deu em cima do próprio Oscar. Ele preferiu sair em litígio do clube e escolheu Porto Alegre para viver e mostrar ao mundo todo o seu talento. Ele escolheu o Celeiro de Ases para desfilar sua técnica diferenciada, amparada pela sua juventude e municiada pelos seus certeiros e mortais chutes da intermediária.

Oscar não quer o São Paulo.

O jovem já não é mais uma promessa brasileira. É uma joia distribuindo sua qualidade de meia armador pelos campos encharcados do nosso interior gaúcho, pelas calorentas batalhas pela América, a qual tem o desejo de se sagrar Tri Campeão.

Oscar não quer o São Paulo.

E ele já havia dito isto em uma partida pela Copa Libertadores, diante de um adversário peruano e ao comemorar um gol.

Defronte à toda massa vermelha no gigante, o jogador não cansou de apontar para o chão, com gestos emotivos e enérgicos gritando a todos os cantos que aqui era o seu lugar.

Eu tenho senhores, a convicção de que nossos comandantes dos campos administrativos e jurídicos já fizeram a sua parte. Tiveram a humildade que nossa nação espera para procurar um acerto legal contra o rival. Não foram atendidos. Deixamos (e confiamos) nas mãos da justiça brasileira. Ela fará justiça não só para o Inter. Ela saberá usar a conciência e admitir que o jovem está sendo prejudicado no que mais sabe fazer e faz para todos os torcedores brasileiros. Simplesmente jogar futebol.